segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Com açúcar e sem afeto.

A gordura e o açúcar dois dos maiores inimigos do corpo humano pois, oxidam as celulas contribuindo para o envelhecimento e desgaste precoce do corpo humano. No mundo moderno é muito fácil associar A palavra "açúcar e afeto." Ambas estão automáticamente interligadas, seja para os enamorados que dão de presente entre si uma caixa de chocolate ou para outros que saem para deglutir guloseimas a base de muita gordura. Este pequeno texto não se propõe a tratar de assuntos relacionados a saúde física nem tão pouco é um alerta sobre maus hábitos alimentares.

Não sou nutricionista nem tão pouco biológo.

Apenas usei este mote como comparação ao que acontece como fenômeno moderno a este tipo de ligação que permeia nossas vidas e que no entanto, para muitos, o período natalino é recheado de imagens saborosas e abundantes, como qualquer gordura instalada em nossas artérias ou banhas de um saboro leitão a mesa. Para pessoas que não tem isto, este mundo é surreal, fabricado.

Fabricado como a idéia ascociada ao afeto, que para existir tal ligação tem de haver um artífico mecanizado por sentimentos gastrícos que são alimentados pelo desejo da carne e não mais que isso. Este "afeto", Sentimento pré-fabricado que norteia as ações e exteriorizam o sentimento como simbolo de algo que representa o amor ou a amizade, ainda está longe de representar a verdade com a qual os dias as horas e os meses passam durante o ano e muitas vezes só nutrimos raiva e distorções ao nosso redor que nos alimentam cada vez mais uma vida que se transformou numa cultura violenta que é viver e sobreviver com o próximo.

Cultura violenta porque nos influênciamos em demasia e filtramos muito pouco nossos sentimentos e imagens ao nosso redor sem sermos críticos com nós mesmos e com isso destituímos de vez a partir de janeiro o sentimento de afeto. E onde foi parar o açúcar nisso tudo ? continua nas nossas artérias entupidas corroendo ainda mais nosso corpo físico destituído de afeto que pouco nutrimos ao longo do ano e que representa apenas um mera caixinha de chocolate gordurosa.

Assim como raciocinar, o afeto é algo que faz parte da essência humana.

Feliz Natal e mais afeto em 2012.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O que é ser professor ?

Ser professor significa ter consciência de que todas as expectativas de crescimento e desenvolvimento de uma sociedade estão depositadas no seu trabalho e de que você será responsabilizado muitas vezes pelas falhas e pelos sucessos.

Ser professor e estar apropriado de conteúdo e saber que estes conhecimentos mudam vidas e transformam realidades. E sabendo disso, cabe ao profissional lidar com o fardo e aceita-lo com maturidade, mas sempre com a mente aberta para perceber que o mundo muda constantemente e que novo conhecimento está sendo gerado neste exato momento e que o professor está tão sujeito às descobertas quanto seus alunos.

Ser professor é representar e mediar pela instituição quando em sala de aula ou fora dela. Ser professor é nunca pode esquecer que seus alunos vieram de algum lugar, eles tem origens que merecem ser respeitadas e que a realidade de onde ele vem deve participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem.

Ser professor é compreender que seu sucesso vem do sucesso de outros e por isso nunca deve esquecer que a escola tem o poder de integrar, nunca de excluir.

Ser professor é enxergar que cada aluno tem seu potencial, sua capacidade que precisa ser descoberta e testada para que cada aluno possa enxergar também que possui um papel na sociedade e que está apto a ocupá-lo.

Ser professor e saber que o resultado está presente em cada livro lido, cada texto escrito, cada problema solucionado e a cada objetivo alcançado.


texto escrito por Davi Dias (FFPNM) Campus Nazaré da Mata.

Uma pequena reflexão sobre os namorados, dia dos namorados...amor , relacionamentos...

PARA ALGUNS HOMENS...sem se garantir como " pessoa ", tendo que se apoiar em "coisas materiais" para conquistar uma mulher, é este tipo de mulher que vai atrair. Viva uma vida com menos superficialidade, com mais conteúdo, que vai conhecer gente muito bacana.
O amor verdadeiro é um sentimento espontâneo estruturado na razão, não na emoção, porque é baseado no conhecimento. Não é compulsivo, ou seja, amamos porque queremos amar, não um sentimento que nos domina onde não temos liberdade de escolha, não importando se ela(e) será feliz do nosso lado, ou tentarmos implantar nossa personalidade nela(e) sem levarmos em conta a dela(e). Não esperamos receber nada em troca e assim não ficamos cobrando o que achamos que temos direito. Sentimos feliz com a felicidade da pessoa que amamos. (Josue Paulo)
No caso das mulheres, seres nada fragéis, De fato, um Deus amoroso não iria criar algo para nos causar sofrimento!
Um abraço para todos os enamorados, ou aqueles que estão livres leves e soltos.

Orgulho heterossexual, fascismo e preconceito.

“Orgulho heterossexual” é apenas eufemismo de discriminação.
Não era para falar disso. Hoje era para falar de “A Tristeza e a Piedade”, o documentário de Marcel Ophuls.
Eu ainda chegarei lá. Pois no fundo é a mesma coisa.
Bem, o que eu quero dizer é: a Câmara dos Vereadores de SP aprovou um projeto que institui o Dia do Orgulho Heterossexual.
Algo, para começar, totalmente idiota, portanto, já se vê, à altura da atividade intelectual média dos vereadores de SP.
Mas isso passa. O problema é o que aí existe de torpe.
O “orgulho gay” pode ser uma coisa que parece besta. Mas se trata da afirmação de um grupo tremendamente discriminado, quando não perseguido e espancado. É um dia, em suma, contra o preconceito.
O “orgulho heterossexual” não passa de afirmação de preconceito, do desprezo pelo outro, por tudo que nos parece diferente.
O torpe, como o idiota, também está à altura dos vereadores. Ainda assim, não é pior da história.
Não existe, nunca existiu, orgulho heterossexual. Entre outras coisas porque não se trata de uma minoria ameaçada, agredida, desrespeitada ou discriminada.
Estou certo de que seria demais pedir aos vereadores que criaram esse monstrengo que considerassem por um instante que as pessoas não escolhem sua sexualidade. Que não é questão, como querem os Bolsonaros da vida, de levar um puxão de orelha. O mundo é um pouco mais complexo do que pode supor essa gente.
Trata-se, claro, de uma provocação barata, de uns caras cujo grande prazer na vida será afirmar seu “orgulho”, sua “superioridade”, chamando os outros de viados.
Mas esse é, digamos, apenas o aspecto benfazejo da coisa. Essa aprovação acontece alguns dias apenas após o massacre brutal na Noruega. Também uma afirmação de “orgulho”: do branco, europeu, cristão, nórdico, contra o imigrante, islamita, pobre.
O “invasor” que estaria destruindo seu mundo. O outro temível.
Só para fazer uma provocação na linha psicanálise selvagem, digamos que esses caras parecem é umas tias enrustidas.
Mas não é isso. Não é o que conta, em todo caso. Esses vereadores, assim como o atirador da Noruega, participam do mesmo entendimento do mundo. É por eles que o fascismo sobrevive.
Não espero grandes coisas do Kassab, mas espero que vete esse lixo.
por Inácio Araújo às 13:35

Professor ? Meus pêsames.

Estava eu, tranquilamente na livraria cultura esta semana, na seção de livros de história, eis que de repente uma jovem se aproximava de mim. Não liguei de inicio, mas percebi que ela também estava procurando algum livro na mesma parte que eu. Continuei a observá-la, nada demais, entretanto, notei que, como eu, ela pegava um livro e outro e olhava o preço e colocava-o no lugar. Hábito comum de pesquisa de preços. Quando ela se aproximou mais um pouco eu repercuti. – “toda vez que venho aqui me pergunto; porque livros de história são tão caros?” - ela sorriu e retribuiu a anedota – eu sinto essa mesma sensação. Eu sorri também. Ela disse-me que estudava história.

Aquilo tinha tudo para ser uma conversa amistosa. Mas aí ela perguntou você é professor? Eu disse sim, mas que ainda estava estudando na graduação também, ela respondeu – “meus pêsames” e sorriu. Eu não achei a menor graça. Retribui seu comentário de mau gosto, de forma lúcida. “Eu ainda não estou morto” ela não sorriu. Notei que ela precisava de ajuda. Ela disse-me que precisava de algum livro sobre Os Maias, Astecas ou Os Incas, porque ela não conhecia nenhum autor sobre o assunto. Eu disse que poderia ajudá-la, pois, conhecia alguns autores que tratavam sobre e falei como poderia proceder a caso, sua pesquisa ou estudo fossem relevantes a determinadas questões como cultura, religião e sociedade. Ela agradeceu ao “professor”. Me senti feliz com tudo aquilo, de poder ser útil, de poder orientar alguém que precisava de uma luz. Uma bobagem talvez, um ato comum a qualquer pessoa que tendo conhecimento transmite-o sem esperar nada em troca. Mas a opinião dela sobre minha condição como professor representa a de muitos que dentro da própria graduação ou fora dela, tem uma imagem sobre a qual me enoja.

Qual o motivo que eu tenho para reclamar daquilo que eu escolhi para minha vida, de forma mais lúcida que ela mesma, que nem sabia o que queria realmente. Não sabia se queria apenas estudar história ou ensinar sobre história ou poderia estar insegura com seu futuro em relação ao que ela estava fazendo. Ou simplesmente cansou, desistiu. Pelo seu comentário deselegante acho que ela estava frustrada. Problema dela. Eu não, segurança não me falta, porque sei dos percalços da profissão. Sinto-me bem quando pesquiso, leciono, organizo alguma aula. “Perco meu tempo, como dizem por ai, perco meu final de semana, como acham por aí, perco oportunidades de sair, como dizem por aí, deixo de ser pegador, como dizem por aí”. Não, estão enganados. Não deixo de fazer nada disso, mas, tudo tem sua hora, seu momento. Nunca deixei de sair, de ver meus amigos, de conhecer novas pessoas ou me deleitar nos braços de uma mulher numa cama macia, por nada disso. Mas tudo é uma questão de responsabilidade e objetivo. Isso se chama “foro intimo”.

Descobri-me mais ainda dessa forma. Qual o motivo que eu tenho então para reclamar? Esta escolha é só minha. O responsável por tudo isso sou eu mesmo. “Que se dane quem acha que o professor, precisa de migalhas”. Não tenho qualquer insatisfação, porque tenho a certeza daquilo que quero. Questão de objetivo. “Que se dane se eu vou ter que ler e estudar 15 livros para o mestrado e depois ter que elaborar uma tese para o doutorado”. Quando eu conseguir isso é porque eu mereci. “Nada cai do céu”.

Temos o dom para reclamar de tudo em nossas vidas. Nossa condição social, sentimental, material, estética e moral. Para tudo pensamos que estamos na pior das situações. De que não tem jeito, de que nada vai mudar. Somos assim por natureza, pois nunca estamos satisfeitos, outros mais, outros menos. De certa forma, esta insatisfação pode ser vista também como ponto positivo no caráter, pois, o desejo de ascensão, ambição ou perseverança pode ser também inerente as nossas atitudes, edificando nossas ações e atitudes, de uma maneira saudável e ética. Depende de cada um.

Não está satisfeito, caia fora, é simples. Faça aquilo que deixa feliz. Livre-se do mundo das incertezas, perceba-se, conheça-se. “Conhece-te a ti mesmo” já dizia meu querido Sócrates. Sábio.

A sociedade contemporânea, nas ultimas décadas criou uma cultura de quê “o professor é um coitado”, que vive lutando pelos seus direitos e de que ainda por cima ainda acham que o futuro do país está em nossas mãos. De que vamos mudar o Brasil. Claro que não. Nunca vamos conseguir isso, nunca. Apenas vamos contribuir. Apenas isso. Pois, tudo é um conjunto de fatores, e as responsabilidades sociais, políticas e econômicas dependem de uma gama muito maior de enfrentamentos e soluções dos problemas que existem em nossa sociedade. Acontece também com os que estão na graduação, que durante o curso acabam desistindo, por se frustrarem com tudo. Estes nunca realmente serão professores, ou sequer nunca foram em seu intimo. Estes, apenas não tiveram maturidade nas suas escolhas. No final das contas, lembrando aquela garota, sei que ela precisou de mim naquele momento, mas sei que ela mesma é que precisa de si própria, pois, ela mesma mal sabe o que pensa, pois nem se quer compreende o real valor que pode desenvolver em si mesma e nem fez idéia do que ela escolheu. Quando ela se encontrar, poderá mudar e rever certos conceitos e preconceitos, motivados por uma sociedade doente intelectualmente que pouco compreende o que é ser professor e qual o verdadeiro sentimento que carregamos dentro de nós. Sinto muito, mas... Meus pêsames para ela, que ainda não se encontrou.

Cair em si.

O que faz um sentimento mudar repentinamente? Seria a falta de discernimento por uma vida impulsionada por desejos que foram mal projetados ou expectativas geradas tão cedo? De repente nada mais faz sentido. De qualquer forma a mudança repentina sempre nos atinge de uma maneira inesperada, fruto disso, é levado em consideração o livre arbítrio das ações de outros que nos cercam. Quando somos atingidos, pouco entendemos as razões da perda, da frustração e desatinos causados por algo tão repentino. Somos muitas vezes programados para uma vida mecanicista, onde diversas influências nos fazem pensar de um modo coletivo. Poderíamos ser impulsionados pela cultura, que nos cerca nos revelando valores e regras que estaríamos condicionados a segui-los? Podemos também olvidar nossos instintos mais íntimos, ou a intuição que fala a nossa alma e poucos a escutam. Podemos ser felizes ou apenas construir pequenos momentos que se transformam em pequenas lembranças de que fomos felizes? São muitos os caminhos a seguir.

Poderemos ser artífices do nosso destino, sem precisarmos de outro alguém? A solidão apreciada por poucos também pode nos trazer maturidade. A contemplação, a busca pela paz interior e o esclarecimento de idéias e objetivos a ser seguidos podem nos revelar muito do nosso “eu” interior. Estoicismo ou não, forças que nunca imaginávamos existir começam a se manifestar e um novo sentido surge em nossa vida. Entretanto, sempre fica algo. Nos nossos abismos mentais mais profundos e obscuros as lembranças chegam até nós e nos apertam o peito. Fazemos com que tudo possa voltar ao normal, mas nem sempre conseguimos. Estas são nossas “sombras” como diz Carl Gustave Jung, sendo bem representadas no pensamento do filosofo quando diz “O que não enfrentamos em nós mesmos, encontraremos como destino”. O passado sempre está à espreita. Independente do nível de sentimento ou relacionamento o ser humano sempre buscou a algo ou alguém, ou muitas vezes foge de si mesmo, dos seus sentimentos, de suas intuições. Outro aforismo importante pode nos situar-nos melhor “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” de Atonine de Saint-Exupéry. Será que nunca conseguirá o homem ser honesto consigo mesmo ou com os outros? Será que precisará se equivocar tanto em suas ações gerando karmas negativos, abrindo lacunas que não mais serão correspondidas na vida dos outros?

As experiências evolutivas revelam nossa busca transcendental por uma vida coletiva cercada de movimento e dinamismo, a instituição familiar ou a vida em qualquer grupo humano sempre esteve presente na terra, desde o primata mais longínquo da história ao homem moderno. As necessidades a dois são comuns também a perpetuação de nossa espécie e conseqüentemente, ao aprendizado. O sentido de família, atualmente é amplo, difere já e muito dos apregoados valores antigos do que seriam apenas dois opostos da mesma espécie. Tudo muda tudo é cíclico, mas muitas construções culturais e idéias nem sempre acompanham estes movimentos. O sentimento é o que vale, nos dias atuais? Poucos são aqueles que podem mudar nosso destino, mas quando o fazem, deixam marcas profundas. Mas apenas aqueles que “passam” na nossa existência, com um sentido especial podem nos fazer refletir algo, quando nem nós mesmos estamos preparados para um desejo de ação intimo que não fazemos idéia se somos capazes ou não. O que pode começar devagar pode também acabar bruscamente, sem nada mais a ser dito a não serem sentimentos guiados pela sinceridade ou amargor. Quando se pensa que se atingiu um “status quo” e a zona de conforto está com seu terreno firmado, vem o inesperado, mas isto pode ser uma verdade da qual nunca estaremos preparados. O inesperado pode também nos trazer novas oportunidades. O sentimento muda, mas o passado nunca pode ser apagado.

Cair em si, como diz a música de Djavan ou “morrer de amor não é o fim, mas me acaba” São sentimentos que no fundo estão em constante desarmonia em nosso ser. Entre a paz e o terror, como o mesmo recita. O tempo é o senhor do destino? Pode ser que sim. Mas tudo cabe a nós. Nossas iniciativas de novos “marcos” em nosso destino. O desejo de mudança, de melhoria. Tudo que “vai” nos ensina algo, pode ser válido para alguns e outros nem tanto, mas uma das partes viveu intensamente aquilo que poderia e outros só tinham aquilo para dar. Se foi pouco ou não o que importa é aquilo que nossa consciência nos fala e aquilo que preservamos dentro de nós, sem culpas ou arrependimentos, aliados a honestidade e sinceridade.